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“Cavalo de pau na reforma tributária”
José Carlos de Oliveira Lima*
É de se repudiar a proposta de Reforma Tributária
divulgada pelo governo federal que, se for aprovada da forma
que está, irá onerar ainda mais todo o setor
produtivo do nosso país. Como a Fiesp e outras entidades
da sociedade vêem alertando, o projeto abre portas
para aumento de impostos, vide que os créditos oriundos
de operações entre estados serão definidos
por Lei Complementar; permite a continuidade da guerra fiscal,
mesmo com a cobrança na origem; mantém a alíquota
de CPMF, entre outras coisas. |
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Já contamos com a 3a
maior carga tributária do mundo, o que pode ser considerado
um confisco tributário. Agora, a aprovação
dessa matéria como está proposta, deixará as
empresas, que já sofrem com a absurda taxa de juros,
em uma situação ainda pior. Haverá um
grande aumento do Custo Brasil, diminuindo a competitividade
das nossas empresas e elevando a sonegação
fiscal. |
O correto é que a proposta: crie o imposto único
IVA (Imposto sobre Valor Agregado), que incluiria o ICMS, o IPI
e o ISS; viabilize uma contribuição não cumulativa
para a Seguridade Social; estabeleça imposto sobre vendas
a varejo, que seriam cobradas para os não contribuintes
do IVA; desonere ainda mais as exportações e os investimentos
produtivos, eliminando contribuições em cascata;
e que mantenha as limitações constitucionais do poder
de tributar.
Não podemos esquecer que sem indústria produtiva,
não há emprego. E sem emprego, nós temos aumento
da miséria, da violência, recessão econômica
e perda de arrecadação. Caso isto ocorra, não
há reforma tributária ou acordo com o FMI que sustente
o país.
Sem a revisão destes critérios, nossas empresas poderão
fechar as portas e migrar para países vizinhos. Me arrisco
a dizer que seria mais lucrativo para a indústria brasileira
se instalar em um país integrante do Mercosul, onde há menos
impostos, e exportar seus produtos para o Brasil, do que continuar
aqui. Avisemos antes que nossas empresas fechem as portas e migrem
para a Argentina.
Somos a favor de uma reforma que dê maior competitividade
aos produtos brasileiros, tanto para o mercado externo como para
o interno, gerando riquezas e desenvolvimento para o nosso país.
Não podemos aumentar ainda mais o desemprego (Segundo o
Seade/Dieese 20,6% da População Economicamente Ativa
está ociosa, pior índice desde 1985). Queremos um
verdadeiro cavalo de pau na proposta vigente.
* Presidente do Sinaprocim (Sindicato Nacional da Indústria
de Produtos de Cimento),
Sinprocim (Sindicato da Indústria de Produtos de Cimento do Estado de
São Paulo) e
Vice-Presidente da Fiesp. |
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